sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Nos últimos dias: Festival de Música


Esse aqui é um blog pessoal, certo? Certo. Então eu deveria falar da minha vidinha por aqui, como se fosse um diário, certo? Certo. O blog estava meio parado e eu tava afim de mudar um pouco de assunto, afinal, ultimamente eu só postei umas crônicas e tal. Sabe, por um lado eu tô adorando todos terem esquecido que eu tinha um blog porque assim eu posto tudo o que der na telha mesmo e, enfim, eu gosto disso. Não tô fazendo o menor esforço para conseguir leitores, tô fazendo isso aqui por mim e para mim, como uma terapia.

Hoje eu só vou postar umas fotos e uns vídeos do festival de música da minha escola, onde eu passei vergonha cantei com uns amigos. Pois é, eu fiz isso. No início, a gente se escreveu só para brincar mesmo, tirar onda, zoar um pouco. Depois, nós ficamos sabendo que o vencedor ganhava um violão e nos interessamos porque a nossa turma queria viajar no fim do terceiro ano, e com o prêmio a gente poderia fazer uma rifa, ou vender. Aí nós fomos para o primeiro e único ensaio. Putz, só gente foda. Começou o medo de pagar mico, não dava mais para desistir.


Eu só sei que foi um aperreio danado. Da "banda" que a gente formou para cantar, só dois sabiam a música, que era em inglês e (segundo os nossos novos amigos músicos) difícil pra caramba. Escolhemos Counting Stars, do One Republic, mas os meus companheiros só falaram que não sabiam cantá-la justamente na semana da apresentação. Não dava para mudar. Dizem que eu sou perfeccionista, uma pé no saco, uma puta chata, então imagina eu querendo colocar ordem na bagunça...

No dia, chegamos cedo e a nossa sorte foi a garota que ia tocar violão para a gente (uma alma caridosa) ter nos ajudado. Ela ficou ensaiando com a gente, dando pitaco, ensaiando mais. Depois, nos arrumamos e percebemos que éramos os quatro únicos estranhos arrumados demais, os meninos de roupa social e as meninas de vestido e salto, todos de preto. Dane-se.

"Vamos brincar de tirar fotos sexy?" "Vamos!" Fail.
Fomos uma das últimas apresentações, enquanto não chegava nossa vez, ensaiávamos. Teve uma vez que aquilo quase ficou bom, viu. No normal, era um horror. Até achei que não passaríamos vergonha. Doce ilusão. No fim, saiu isso daí:

Claro que perdemos, mas quer saber? Esse dia foi muito divertido. As outras apresentações foram legais, teve de tudo, embora nós fôssemos o único grupo a não cantar em português. Ah, só para constar, dois amigos cantaram Bruno e Marrone e foi muito engraçado.

Quem ganhou foi uma garota do 9º ano, ela cantava muuuuito, uma linda. Amei.

O resultado disso? Finalmente vou fazer aula de violão, mas só ano que vem. Sempre quis aprender, meu pai nunca deixou e se eu não entrar na oficina de música da escola ano que vem (gente, já vou ser do terceirão!) eu vou morrer sem saber tocar nem "Parabéns para você". Desejem-me sorte!

Quem sabe a gente não vira o RBD de Alagoas? HAHAHAHA. Brincadeira.



quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Fundo falso

Uma música calma, voz, violão e gaita, a faz pensar. E pensar a faz querer escrever. E escrever faz com que ela mostre o que deveria esconder num fundo falso do seu coração, para que até ela esqueça que aquele sentimento existe e está lá guardado, ou todos eles.

Ela costuma não confiar muito, costuma ser fria, solta aquele riso triste sentindo o coração quebrando. Na verdade, por muitas vezes ela nem desejaria ter um. Poderiam inventar uma anestesia de sentimentos, ela seria a primeira a usar. O que ela mais quer é calar de vez a droga da voz daquele órgão que só sabe falar tum tum tum. Talvez ela seria menos idiota.

Ela é do contra, não muito convencional, e detesta ser normal. Entretanto, normalidade as vezes é tudo o que ela deseja, ou precisa. Ela é tudo e nada ao mesmo tempo. É a contradição, o antagonismo. É a antiquada e a vanguardista. Tem uma estranheza sutil que é dela e só dela. 

Ela não se permite. Um cinema, uma praia, uma festa, uma lágrima, um beijo. É muita perda de tempo, de dinheiro, de fôlego. Mete a cara nos livros e se esconde atrás do monitor. Achava que seria alguma coisa, algum dia se continuasse assim. Sabe, crescer na vida, ser aquilo que um pai sempre sonha para uma filha. Não precisar de ninguém. E achava que era fácil, que podia. Se toca. Ela não é tão boa o quanto pensava.

Se encolhe no chão do banheiro enquanto suas lágrimas se misturam com a água do chuveiro, bem baixinho, bem quietinho, para ninguém saber o que está se passando com ela. Chorar em público é quase um pecado, tudo o que ela quer é ao menos parecer inabalável. A sua sorte é ter nascido uma boa atriz.

Ela vive dentro de uma caixa trancada invisível que só ela pode abrir, uma caixa feita aos poucos por ela mesma, um pouco de proteção, um esconderijo. Chamo essa caixa de medo e a sua chave de coragem. Bem, isso ela não sabe onde encontrar, sugiro que ela procure lá, naquele nundo falso, onde ela esconde todas as suas vontades. Aquelas bobagens necessárias para te fazer sentir vivo.

E quer viver. Ela aprendeu muitas coisas na escola, mas viver, ah, disso ela ainda não sabe.

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